Mesmo com todas as vantagens que o Brasil tem com sua produção de energia – etanol, biogás, biodiesel etc. – além de ter uma geração de energia elétrica limpa, o carro elétrico veio para ficar e será cada vez mais comum nas próximas décadas.
No entanto, sua velocidade de implantação será diferente dos países desenvolvidos e terá diferenciais importantes. A começar pelas amplas possibilidades de os híbridos utilizarem o etanol como combustível para seu motor a combustão, além de estudos para viabilizar seu uso na tecnologia fuel cell.
As vendas de híbridos serão, como o mercado já demonstrou, dominantes. Seja pelo preço, seja pela disponibilidade do veículo a todo momento, pois é só abastecer em qualquer posto de combustível. Os elétricos puros, com energia fornecida por baterias, terão uma entrada mais lenta seja pelos preços muito maiores e poder aquisitivo mais baixo dos consumidores brasileiros, bem como pelas dúvidas sobre a desvalorização, durabilidade e custo das baterias, além da criação de eficiente e estratégica rede de recarga pelas principais rodovias.
“Quando o carro elétrico inicia uma subida, existe o consumo de energia produzida pelas baterias, mas quando o veículo começa a descida, o sistema de recuperação de energia repõe a maior parte do que foi gasto. Já nos motores tradicionais, a perda da subida não tem compensação”, destaca Cassio Pagliarini, experiente engenheiro com passagens pela Ford, Renault, Hyundai e atualmente consultor da Brigth Consulting.
Cassio Pagliarini é o sexto entrevistado desta série. Confira a matéria completa: A realidade do carro elétrico